top of page

Loyal

  • jadeuotime
  • 17 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de out. de 2021


Conheça Loyal, a jovem que há 7 anos vem empoderando a quebrada através da moda


No auge dos seus 24 anos, ela tem movimentado zonas periféricas para mostrar que moda é ser fiel a si mesmo


Publicitária, Produtora Cultural e de Moda Criativa, Jaqueline Leal ou Loyal, como prefere ser chamada, vem conquistando cada vez mais espaço com um movimento de moda periférica, que tem como principal objetivo empoderar a quebrada.


A conexão com a arte que começou na sua infância, quando dirigiu uma peça de teatro na escola, foi só a ponta do iceberg para que Loyal se tornasse o que é hoje.


Em 2013, Loyal começou a participar das oficinas ministradas na Fábrica de Cultura do Capão Redondo, bairro onde vive atualmente, e lá começou a explorar suas potencialidades. Seu primeiro contato foi na oficina de dança contemporânea e meses depois partiu para o Projeto Espetáculo, local em que realmente se sentiu livre e descobriu como a arte poderia aflorar em si.


Na mesma época, Loyal conseguiu seu primeiro emprego na área da moda, trabalhava como produtora, ajudava os educadores e começou a produzir o backstage dos desfiles que aconteciam nessa agência. Um ano depois ela já se tornou uma educadora do local e a sua paixão pela moda aflorou mais ainda. A jovem que já gostava de customização, viu que poderia usar a moda para se expressar, e foi assim que em 2014 surgiu o "LOYAL''.


O projeto, que nasceu da ideia de criar um brechó, hoje é considerado um estilo de vida pelos moradores do Capão Redondo e outros bairros periféricos de São Paulo. Tudo nasceu a partir de laços de amizade: a fundadora convidou alguns amigos com quem fazia teatro na época para ajudá-la na produção do que mais tarde se tornaria um conceito na região em que moram.


“O LOYAL é um movimento de moda periférica, que tem como objetivo empoderar as pessoas, mostrando que elas não só podem, como devem ser leais a si mesmas, em estilo e estética”, diz Loyal.


Os desfiles acontecem sempre nas Fábricas de Cultura, localizadas em regiões periféricas, incluindo Capão Redondo e Jardim São Luís, e todas as edições possuem uma proposta de conscientização. “São urgências e inquietações que vão aparecendo, e passamos a olhar para elas de um modo mais geral e coletivo, quando percebemos que muitas pessoas são atingidas por elas, nós decidimos: é isso”, relata Jaque, que sempre entendeu o seu corpo como ato político de ser e viu como a moda impacta na vida das pessoas e como através dela era possível resistir.


"Estar em um espaço onde posso criar é muito libertador. O parâmetro da necessidade das pessoas é ela ver o que ela precisa, quebrar barreiras com seu corpo e ver o feedback da galera sobre esse trabalho, sobre a moda na quebrada é muito forte. Eu acho que é um ato de resistência, porque eu não tive a possibilidade de ter referências como estou sendo para outras pessoas, é um ato de liberdade de expressão do meu corpo e o das outras pessoas."


Agora na pandemia Loyal está focada nos editais e como produtora cultural, quer fomentar outros coletivos. Atualmente, a Publicitária conseguiu duas aprovações no Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) e se sente realizada por essas conquistas.


Uma das atividades executadas com o apoio deste programa, é o "CONTRA-MODAMANIFESTO", que traz elementos que já apareceram no LOYAL como, ruas, grafite, liberdade, e o manifesto surge de uma urgência de falar do corpo, e também a paleta, que utiliza as cores rosa e verde neon, mas agora de forma mais potente, trazendo uma estética mais street. Nesse projeto são utilizados looks do próprio coletivo LOYAL e de outros coletivos que não são da zona sul de São Paulo, fazendo a ponte entre projetos e pessoas de outras quebradas.


Quando falamos sobre realizações, a Loyal cita três momentos marcantes. Ter produzido um manifesto que foi transmitido em um sarau na Índia, um conteúdo que falava sobre o triângulo da morte, três bairros localizados na zona sul de São Paulo e que foram considerados os mais perigosos do Brasil nos anos 1990, sendo eles o Capão Redondo, Jardim Ângela e Jardim São Luís; Falar sobre o seu trabalho artístico dentro da moda em uma escola de moda; E ter feito uma coleção de calçados em parceria com a Zaxy, marca que já está no mercado desde 2008.


Loyal segue com o objetivo de impulsionar, e deixa um recado para todos aqueles que se inspiram na sua caminhada profissional e pessoal:

"Faça! Apenas faça! Se joga nas possibilidades."






 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


bottom of page